terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Projeto Rondon realiza Oficina Diagnóstico de Saúde da Comunidade em Jaicós

Os integrantes do Conjunto A da Operação Zabelê, Fabio Meirelles e Guilherme Rodrigues, coordenaram na última sexta-feira (21) a oficina de Diagnóstico de Saúde da Comunidade, que ocorreu das 14 ás 18h, na Escola Municipal Francisco Crisanto de Sousa.


De acordo com os coordenadores, a oficina contou com ótima participação dos profissionais de saúde do município, estando presentes tanto pessoas que estão em contato direto com a comunidade (agentes comunitários de saúde), quanto pessoas ligadas ao setor administrativo da saúde (conselheiros, gestor). A oficina contou também com profissionais de outras áreas, como professor e um representante da comunidade através da Igreja.

A realização da oficina objetivou a realização de um levantamento e posterior análise da atual situação de saúde do município de Jaicós a partir do ponto de vista dos moradores participantes da oficina.

No primeiro momento da oficina aconteceu a divisão dos participantes em quatro grupos e levantamento de situações problemáticos da saúde. Em seguida houve a apresentação dos temas pelos grupos e participação de todos nas sugestões de intervenção.

Segundo o estudante de Psicologia e coordenador da oficina Fábio Meirelles, a discussão foi bastante rica. “Tivemos que replanejar uma segunda reunião que será realizada no próximo sábado, dia 29/01/2011, às 8:00 horas, na escola Francisco Crisanto e toda a comunidade está convidada”, disse.


Segue abaixo os temas levantados e as possíveis soluções sugeridas nesta primeira metade da oficina.

1) FALTA DE ATENDIMENTO MÉDICO.

Descrição:

Médicos dos postos precisam chegar e sair no horário certo. Trabalham normalmente das 8 às 11:30, sobrecarregando o hospital, que deveria atender apenas emergências como febres, desmaios, acidentes.

Esgotamento físico e mental do médico do hospital, que é obrigado a atender todos os casos.

Os agentes comunitários de saúde não sabem informar a população sobre quando ela deve se dirigir ao posto de saúde e quando ela deve se dirigir ao hospital.

Encaminhamento:

Conscientização da comunidade especialmente através dos Agentes de Saúde. (OBS: Deve-se pensar no que já foi feito e, desse modo, tentar encontrar outras formas de conscientização).

2) FALTA DE MÉDICOS ESPECIALISTAS.

Descrição:

Há somente ginecologista e pediatra.

O custo para se manter um anestesiologista na cidade é de 15 mil reais por mês.

Encaminhamento:

Ortopedista está sendo procurado para atendimento uma vez por semana. Os casos de emergência serão atendidos em Picos.

3) SENSIBILIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA SAUDE PARA ATENDIMENTO DE QUALIDADE.

Descrição

O atendimento às vezes é muito rápido e “frio”.

Encaminhamento

Entrada de novos profissionais com motivação maior de atendimento.

4) COMUNIDADE SE SENSIBILIZAR PARA AS INFORMACOES PREVENTIVAS SOBRE A DENGUE.

Descrição

População não absorve as informações sobre a prevenção da dengue.

Questões políticas estão envolvendo a prevenção. Um exemplo dado, nesse sentido, foi a proibição da entrada dos agentes sanitários da dengue por certos moradores.

Descumprimento da lei municipal de aplicação de multa para quem não tome os cuidados.

Encaminhamento

Fornecer as informações preventivas de outros modos que não seja o contato direto entre agente sanitário da dengue e comunidade. Por exemplo, através do colégio.

Utilização de meios de comunicação, como rádio e carros de som, seria uma alternativa para melhorar a divulgação.

5) QUESTOES DO LIXO E TERRENOS BALDIOS (ATERRO PROXIMO A CIDADE)

Descrição:

Alta quantidade de lixo depositado em terrenos baldios.

Aterros muito próximos à cidade.

Encaminhamento:

Explorar os meios de comunicação para a divulgação da coleta, principalmente em carros de som.

Conscientização da população.

Criação de uma cooperativa para reciclar lixo.

Separação do lixo para facilitar a reciclagem.

6) TRANSPORTE PRECÁRIO DE DOENTES PARA TERESINA

Descrição

Prefeitura está bancando apenas a passagem de ida para Teresina.

Necessidade de um carro para o transporte coletivo.

Encaminhamento

Necessário a Secretaria de Saúde do Estado regular melhor as consultas, liberando de uma vez as consulta da semana. E não uma de cada vez, como está acontecendo. (Mais de 200 municípios do estado passam pelo mesmo problema)

O município está em vias de adquirir um carro, de acordo com um relato na reunião.

Da Redação

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