Os pais da criança F.M.S.C., de 1
ano e 7 meses, que morreu no último dia 05/06 em Jaicós, vítima de um acidente, quando ao tentar pegar
a tampa de uma mamadeira, terminou caindo dentro de um balde e morrendo
afogado, desabafam que estão sendo acusados de irresponsabilidade.
A mãe do menor, Lúcia Silva Leal,
34 anos, e o seu esposo, Francisco das Chagas Ribeiro de Carvalho, 28, relatam
que além da grande dor que estão sentindo com a perda trágica de seu filho,
algumas pessoas estão acusando-os de serem responsáveis pela morte da criança.
De acordo com a Sra. Lúcia, essas
pessoas deveriam procurá-los e saber como o acidente aconteceu, e não
julgá-los. “Sempre cuidamos muito bem dos nossos filhos, eu nunca iria querer
que isso acontecesse, todos os vizinhos aqui conhecem a gente e sabem como
sempre cuidamos bem das crianças”, desabafou.
O pai do menor, contou que tudo
aconteceu por volta das 21h, quando a sua esposa, não se sentindo muito bem,
foi deitar em um dos quartos existentes na casa, e as crianças ficaram
brincando na sala. O menor F.M.S.C., inclusive ficou sentando no chão,
brincando com várias revistas em quadrinho. “Estava na calçada com a outra
filha, quando a Lúcia levantou e perguntou pelo menino ao seu irmão, que não o
viu. Então fomos procurar e não o encontrando dentro de casa, ao procurar no
quintal, a mãe foi a primeira a ver ele no balde, desacordado. Mesmo com todo o
desespero, ainda fiz respiração boca a boca, e não resolvendo, levei
imediatamente pro Hospital, mas não teve mais jeito, ele já chegou sem vida”,
lamenta o pai.
A família mora numa casa simples,
localizada no Bairro Cohab, e como quase
toda a população da cidade, vive a situação com falta de água. Segundo o Sr.
Francisco, o balde sempre está cheio, no mesmo local, ao lado do banheiro.
Nessa noite o balde estava com menos da metade com água, o que deve ter
facilitado a queda da criança, que tentar pegar a tampa da mamadeira deve ter
emborcado para dentro e se afogado.
O menor foi sepultado na
quarta-feira (06), às 9h, no Cemitério Público local. Desde então os pais informaram
que estão sofrendo muito com a perda do filho e agora com o julgamento de
pessoas que não os conhecem e insistem em acusá-los de irresponsabilidade.
Da Redação
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