domingo, 31 de outubro de 2010

Para Refletir: Maiakovski, Brecht e Niemöller.

"Na primeira noite, eles se aproximam e colhem uma flor de nosso jardim. E não dizemos nada. Na segunda noite, já não se escondem, pisam as flores, matam nosso cão. E não dizemos nada.
Até que um dia, o mais frágil deles, entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a lua, e, conhecendo nosso medo, arranca-nos a voz da garganta.

E porque não dissemos nada, já não podemos dizer nada."

Vladimir Vladimirovich Maiakovski (1893/1930).

 

"Primeiro levaram os negros
Mas não me importei com isso                                        

Eu não era negro.                                                        
 Em seguida levaram alguns operários
Mas não me importei com isso
Eu também não era operário.          
Depois prenderam os miseráveis
Mas não me importei com isso
Porque eu não sou miserável.
Depois agarraram uns desempregados
Mas como tenho meu emprego
Também não me importei.
Agora estão me levando
Mas já é tarde.
Como eu não me importei com ninguém
Ninguém se importa comigo."

Eugen Berthold Friedrich Brecht (Bertolt Brecht era um nome artístico) (1898/1956).

 
"Um dia vieram e levaram meu vizinho que era judeu.
Como não sou judeu, não me incomodei.

No dia seguinte, vieram e levaram meu outro vizinho que era comunista.
Como não sou comunista, não me incomodei.
No terceiro dia vieram e levaram meu vizinho católico.
Como não sou católico, não me incomodei.

No quarto dia, vieram e me levaram;
já não havia mais ninguém para reclamar..."
Martin Niemöller (1892/1984).

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